segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Boa e Velha Iguatama




Quando chego aqui sinto o ar mais puro,
As ruas sempre desertas,
Uma legítima imagem de um lugar esquecido pelo tempo,
Isso me soa familiar,
Doces lembranças da minha infância e adolescência,
Um sinal de que certas coisas não mudam...
Mas mudanças parecem essenciais para alguns lugares, mas não  para este aqui,
Quanto mais parecido com o que sempre foi, mais segurança de saber que ainda é um lugar tranquilo de se viver, onde ainda há pessoas que não se corromperam pelas mazelas da cidade grande...
Aqui, posso sair de chinelo de dedo na rua que ninguém vai me criticar por isso...
Aqui, todo mundo se conhece, mesmo que não haja um cumprimento cordial,
Mas, saber pelo menos três parentescos de alguém é indispensável.
Nunca vi semelhante receptividade, todo mundo parece "de casa" ...
Mas aqueles velhos hábitos não mudam: falar da vida alheia, ir pra pracinha depois da missa, carro de som anunciando o falecimento de alguém...
Uma cidadezinha sem grandes acontecimentos, mas que cativa a todos que já viveram ou passaram por aqui. 

"Incompreendida foste em tua luta
Hasteavas um pendão sem glória
Mas, eis que ressurge da disputa
Um eco retumbante de vitória.

Iguatama, esplendor de beleza
Mãe extremosa de um povo ufano
Terra de futuro e de grandeza
Filha do São Francisco soberano.

Já raiou a tua liberdade
Esta gloria teu povo proclama
Num grito viril de mocidade
Iguatama, Iguatama, Iguatama"

Os melhores momentos da minha vida, eu devo a este lugar.

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