domingo, 25 de março de 2012

Situação da UPA Noroeste é tema de Audiência Pública

21/03/12


O impasse na construção da Unidade de Pronto Atendimento da Região Noroeste de Belo Horizonte (UPA Noroeste) foi tema de Audiência Pública na Câmara Municipal na tarde desta quarta-feira (21/03).



Representantes da comunidade, do setor da saúde municipal e da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) estiveram presentes na mesa de discussão. A vereadora Neusinha Santos (PT) mostrou insatisfação com a prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em relação aos problemas da Regional Noroeste.

Na audiência, o Sr. Joaquim Lopes, militante do movimento popular, trouxe a público um documento inédito que comprova que a PBH já é dona de parte do terreno. “Guardo esse papel comigo desde a década 1990, é uma prova contra a fala do governo de que é necessário desapropriar para a construção da UPA. Agora quero ver qual será a desculpa”, disse. O documento datado em 14 de fevereiro de 1991 foi assinado por Cid Dutra, então diretor do Departamento de Ação Regional da Sudecap.

Abrindo os trabalhos da Audiência Pública, a vereadora Neusinha Santos discursou sobre o descaso da administração municipal em relação ao início das obras da UPA Noroeste e comparou a rapidez na construção de um viaduto em Nova Lima com a demora em resolver a questão da desapropriação do terreno. “O prefeito não está fazendo porque não é prioridade. Os pobres não são prioridade, ele quer nos punir. Nós devíamos ser indenizados”, contestou.

O Assessor de Movimentos Sociais, Ivanir Maciel, foi convidado a falar sobre o problema. “A população da Noroeste está insatisfeita com a prefeitura, pois está claro que há uma resistência para concessão do terreno para construir a UPA”. Em seguida, Rafael Fróis, representante da comunidade chamou a atenção para a desapropriação das terras e ressaltou a falta de diálogo. “A prefeitura aumentou o valor de reserva da área, o que consequentemente gerou um acréscimo no valor final da obra. A COMFORÇA não foi consultada sobre esse caso.” disse.

Dentre os muitos empecilhos apontados pela PBH, uma das sugestões de implantação da UPA Noroeste é que ela seja construída em um aterro sanitário na região noroeste. A representante da secretária municipal de saúde, Suzana Rates, foi veemente contra esta proposta por conta dos possíveis problemas de saúde que o local possa causar no futuro. “O tempo mínimo para construção em uma área onde foi um aterro é de no mínimo 20 anos”.

Já a gerente de Divisão de Projetos da Sudecap, Lizana Zampier, reafirmou que a área do terreno é de 7 mil metros quadrados e está localizado na esquina da Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes com a Avenida Amintas Jaques de Morais. Seu valor está estimado em R$8 milhões. “Após o boom imobiliário os valores dos terrenos ficaram defasados e com isso o orçamento inicial teve que ser revisto”, disse Lizana. A vereadora Neusinha Santos encerrou a audiência pedindo aos convidados para encaminhar propostas para a resolução do impasse e ficou de marcar um próximo encontro com os convidados.

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