quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O fim de quem não vai a lugar nenhum

Durante 20 anos, convivi com pessoas de todos os tipos. Fiz parte de vários grupinhos, e vi cada um crescer e lidar com as dificuldades da vida adulta. Trabalho, filhos, casamento, Enfim, um leque de compromissos comuns na vida de quem chega aos 18 anos. Muitos foram embora para investir nos estudos e tentar ser alguém na vida, já outros acabaram sendo "devorados" pelo monstro do conformismo e da acomodação que parece rondar as voltas da pacata cidade de Iguatama. Uma pena, um desperdício de sonhos, de gente que podia dar muito certo mas que infelizmente não acredita na própria capacidade. Fico imaginando daqui uns 10 anos, quando voltar lá e encontrar essas pessoas sentadas na pracinha, comum de cidade pequena, conversando sobre coisas supérfluas, como sobre quem está grávida, quem morreu, se fulano traiu beltrano. A vida vai passar por cada um deles lamentando não ter sido explorada, saboreada. E quando, bem lá na frente, essas pessoas verem as oportunidades perdidas, vão sentir uma enorme vontade de voltar no tempo, mas aí vai ser tarde demais.

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